A Pfizer norte americana – que produz uma das vacina contra a Covid-19 – declarou nesta segunda-feira (27) que já deu início aos ensaios clínicos na produção de uma pílula para combater a Covid-19 em pessoas expostas ao vírus.
Várias empresas trabalham em possíveis antivirais orais, que imitariam o que o medicamento Tamiflu faz contra a gripe H1N1 e evitariam que a doença progredisse para um estado grave. “Acreditamos que o combate ao vírus exigirá tratamentos eficazes para as pessoas que contraírem ou forem expostas ao vírus, complementando o impacto que as vacinas tiveram”, afirmou o chefe de pesquisa cinntífica da Pfizer, Mikael Dolsten.
A Pfizer começou a desenvolver esse medicamento em março de 2020 e está avaliando-o em combinação com o Ritonavir, que já é usado contra o vírus da Aids. O ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes, assim que apresentarem sinais de infecção por Covid-19 ou assim que souberem que foram expostos ao vírus.
Eles receberão aleatoriamente uma combinação do novo comprimido e o ritonavir, ou um placebo, duas vezes ao dia por cinco a dez dias. O objetivo do teste é determinar a segurança e eficácia dos medicamentos na prevenção de uma infecção por Sars-CoV-2 e o desenvolvimento de sintomas até o 14º dia após a exposição.
A pílula é conhecida como um “inibidor da protease” e, em testes de laboratório, demonstrou interromper o efeito de replicação do vírus. Se funcionar na vida real, pode ser eficaz apenas nos estágios iniciais da infecção. A partir do momento em que a COVID progride para um estado grave, os pacientes sofrem uma resposta imunológica hiperativa faendo com que o vírus, basicamente, pare de se replicar.
