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domingo, 28 abril, 2024

Quem é Corina Machado, a líder de oposição na Venezuela que foi impedida de concorrer nas eleições

Principal nome da oposição venezuelana, política está inelegível.

A ex-deputada María Corina Machado desponta nas pesquisas venezuelanas como favorita nas primárias que os partidos de oposição vão realizar em outubro, mas ela ficou inelegível por 15 anos por uma decisão da Controladoria Geral da República.

Durante a reunião no Mercosul, na terça-feira (4), a inabilitação de Machado foi um dos temas das discordâncias entre os líderes dos países (veja mais abaixo).

Quem é Corina Machado

Corina Machado tem 55 anos e nasceu na capital Caracas. Ela é de uma família conservadora e católica fervorosa. É engenheira industrial de formação, além de professora e política.

Entre 2011 e 2014, Corina foi deputada na Assembleia Nacional da Venezuela. Considerada combativa, ela se destacou por fazer críticas tanto ao regime, quanto à oposição. Ficou conhecida por liderar a oposição mais linha-dura contra o então presidente Hugo Chávez.

Recentemente, se opôs tanto ao autoproclamado governo interino de Juan Guaidó quanto ao setor mais moderado da oposição, que queria derrotar Maduro pela via eleitoral.

Corina Machado foi uma das principais articuladoras das manifestações contra o governo de Maduro em 2014, e teve o mandato cassado.

Apontada nas pesquisas como o principal nome da oposição para as eleições presidenciais, foi declarada inelegível, na semana passada, por 15 anos.

Declarada inelegível

Corina Machado já estava proibida de ocupar cargo público, mas esse veto iria vencer. Em 2015, o regime venezuelano a condenou porque ela teria deixado de declarar alguns benefícios que teria recebido — ela nega que tenha recebido esses benefícios.

Agora, o regime venezuelano prorrogou a proibição que havia sido determinada pelas seguintes razões:

  • ela apoiou sanções dos Estados Unidos ao governo de Maduro.
  • ela apoiou o ex-líder da oposição Juan Guaidó.

Essa decisão de prorrogar o veto a Machado foi motivado por um pedido de um deputado aliado do governo de Nicolás Maduro, José Brito, que serve na Assembleia Nacional (o órgão legislativo controlado pelo partido governista) a respeito da proibição de 2015.

Corina Machado — Foto: Reprodução/ GloboNews

Corina Machado — Foto: Reprodução/ GloboNews

‘Isso não significa nada’

Corina Machado disse a seus apoiadores que “uma proibição pelo regime é lixo, não significa nada”, e disse que isso mostra que o governo de Maduro “está sendo derrotado”.

Situação da Venezuela e diálogo no Mercosul

O presidente Lula (PT) voltou a defender na terça-feira (4) diálogo sobre a Venezuela no Mercosul, e disse que não se pode “isolar” o país. A nação faz parte do bloco, mas está suspensa desde 2017.

Na cúpula do grupo, o petista disse que “problemas de democracia” têm que ser enfrentados. Ele também citou a situação na Nicarágua, que tem perseguido bispos da Igreja Católica.

“Com relação à questão da Venezuela, gente, todos os problemas que a gente tiver de democracia, a gente não se esconde deles, a gente enfrenta eles. Não conheço pormenores do problema com a candidata da Venezuela, pretendo conhecer”, disse.

Ao citar “a candidata da Venezuela”, Lula fazia referência à ex-deputada Maria Corina Machado.

O Brasil deseja que a Venezuela, que teve a participação no Mercosul suspensa há seis anos, volte a integrar o grupo. Lula reestabeleceu as relações do Brasil com país, recebeu Nicolás Maduro em Brasília, e foi criticado por dizer que o presidente do país vizinho é alvo de “narrativas”.

Com informações de G1

Ogg Ibrahim
Ogg Ibrahimhttp://oggibrahim.com.br
Jornalista com 34 anos de profissão, ex-repórter nacional da Rede Record, Mestre de Cerimônias, radialista e Palestrante, Produtor de vídeos e CEO na Talk Soluções em Comunicação.

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