O que leva uma pessoa a permanecer do lado da outra por sete anos sem receber um carinho sequer, uma palavra de afeto ou um sorriso que seja? A resposta é simples: O AMOR! E depois que eu contar esta história, que me fez derramar lágrimas ao lê-la, voces entenderão porque.
Esta mulher que não esboça qualquer reação a seu companheiro há sete anos, não o faz por desprezo. Ela, Gláucia Bezerra, 32 anos, teve um AVC (acidente vascular cerebral) e, desde então, vive em estado vegetativo (leia aqui: http://noticias.r7.com/cidades/fotos/homem-cuida-de-mulher-em-estado-vegetativo-ha-sete-anos-so-quero-o-amor-dela-17062015#!/foto/1).
A partir do dia em que ela passou mal, ficou cinco anos numa cama de hospital até sair de lá e permanecer, até hoje, dois anos depois, da mesma maneira. E nesses anos todos, contou com a presença incansável do seu marido, o radialista Adílio Bezerra, que não poupa esforços para dar-lhe o maior conforto, mesmo sabendo que não receberá nada em troca, nem uma reação de agradecimento. Ele faz isso por um amor tão incrível que relação nenhuma será capaz de superar.
Adílio aprendeu no hospital como cuidar da sua amada e hoje é responsável em ministrar os remédios, dar banho e por manter a harmonia em seu lar que abriga ainda dois filhos de Gláucia com o primeiro namorado e mais dois com o radialista.
A história é rara no mundo atual em que valores familiares estão sendo despedaçados, o amor verdadeiro cada vez mais desprezado e a humanidade caminha para o individualismo, o egoísmo e a falta de solidariedade. Enquanto isso o amor incondicional, como o de Adílio por Gláucia, vira artigo de luxo na vitrine de um antiquário decadente numa rua sem movimento. Ou seja: ninguém se interessa por ele.
Lendo uma outra história, numa dimensão completamente diferente da do casal acima, a gente percebe que o amor, quando verdadeiro, promove milagres. Veja o que disse Brad Pitt sobre a atriz Angelina Jolie, com quem vive há anos. Sua declaração de amor, na tentativa de salvar seu casamento que não andava bem, mostra o que ele enfrentou durante o período em que ela lutava contra o câncer e o que ele fez para contornar a situação e ter sua amada de volta.
“Minha esposa ficou doente. Constantemente ela estava nervosa por causa de problemas no trabalho, na vida pessoal, seus erros e problemas com os filhos. Ela perdeu 13 quilos e pesava cerca de 40 quilos aos 35 anos. Ela ficou muito magra e estava constantemente chorando. Não era uma mulher feliz. Ela sofria de contínuas dores de cabeça, dor no coração e tensão muscular nas costas. Ela não dormia bem, conseguia pegar no sono apenas na parte da manhã e ficava cansada rapidamente durante o dia. Nosso relacionamento estava a ponto de acabar. A beleza dela estava deixando-a. Ela tinha bolsas sob os olhos, cabelos desgrenhados. Ela parou de cuidar de si mesma. Se recusou a fazer filmes e rejeitou cada papel. Perdi a esperança e pensei que iríamos nos divorciar em breve… Foi então que eu decidi agir. Afinal, eu tenho a mulher mais bonita do planeta. Ela é a mulher ideal para mais da metade dos homens e mulheres da Terra, e eu o único que tinha permissão para dormir ao seu lado e abraçá-la. Comecei a mimá-la com flores, beijos e muitos elogios. Surpreendia-a e tentava agradá-la em todos os momentos. Enchi-a de presentes e comecei a viver apenas para ela. Só falava em público a seu respeito e relacionava todos os assuntos a ela, de alguma forma. Elogiei-a a sós e em frente a todos os nossos amigos.
Vocês podem não acreditar, mas ela começou a renascer, a florescer… Tornou-se ainda melhor do que era antes. Ganhou peso, parou de ficar nervosa e me ama ainda mais do que antes. Eu nem sabia que ela podia amar tão intensamente. E então eu percebi uma coisa: ‘A mulher é o reflexo de seu homem’.”
É claro que não se pode comparar as atitudes de Brad Pitt às de Adílio. Mas uma coisa elas tem em comum: o amor que não se mede por esforços, não exige contrapartida e tampouco condição para ser dedicado. É um sentimento tão incomum nos dias de hoje que as vezes é difícil acreditar que seja sincero. É o valor maior que deveria ser natural e não existir apenas como uma condição extraordinária e rara entre os seres humanos.
Ao contrário de Angelina Jolie, para a maioria dos homens Gláucia não é a mulher mais bonita do planeta, não é a ideal e nem desperta os desejos de metade dos homens e das mulheres do mundo. Mas basta que ela seja assim para um único homem: Adílio. Ela é a vida do radialista e a mulher que faz ele acreditar que um milagre maior ainda pode vir através da sua dedicação e do seu amor.
Deixar de acreditar no amor é deixar de acreditar em si próprio. É deixar que se apague a única chama verdadeira que nos mantém vivos e nos faz acreditar que somos capazes de qualquer coisa! Por isso AME! Mesmo sem a esperança de ter algo em troca. Pois quem não ama, não pode imaginar jamais quão benéficas são as consequências desse sentimento tão nobre.