Entrou em erupção neste domingo o vulcão Cumbre Vieja, em La Palma – ilha que compõe o conjunto das Ilhas Canárias espanholas. Ele vinha aumentando sua atividade sísmica ao longo dos últimos dias mas as atividades aumentaram no fim de semana podendo ser bastante visíveis fontes de lava e nuvens de fumaça no local. As Ilhas Canárias ficam localizadas a noroeste da África, próximas à costa do Marrocos e do Saara Ocidental.
Cogitou-se que a erupção poderia causar ondas de impacto e até chegar à costa brasileira mas, para as atividades vulcânicas do Cumbre Vieja causarem estragos por aqui, seria necessário um grande colapso do vulcão. Se isso ocorresse, atingiria toda a costa brasileira, de norte a sul, bem como de outros países banhados pelo Oceano Atlântico. Essa possibilidade, no entanto, é considerada remota por especialistas.
Um estudo do pesquisador norte-americano George Pararas-Carayannis, presidente da Tsunami Society International, afirmou que esse tipo de colapso é “extremamente raro e nunca ocorreu na história registrada”. Além disso, ele afirmou que estudos recentes prevendo a geração de tsunamis a partir da erupção do Cumbre Vieja foram baseados em suposições incorretas.
Já o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná, afirma em estudo que, ainda que as chances sejam remotas, a população costeira do Brasil deveria ser conscientizada. “Estudos mais recentes dizem que as chances de ocorrência são remotas e longínquas, no entanto, o estabelecimento de sistemas de alarme que possibilitam a evacuação de áreas é justificável quando se trata de vidas humanas”, afirmou Reese em seu trabalho, também citado pela Metsul Meteorologia. Ele parte do princípio de que uma mera possibilidade de desastre já indica a necessidade de ações preliminares.
(Agência Brasil com informações da Reuters)
