Evolução no trimestre encerrado em abril coloca o volume de desocupados no menor para o período desde 2015, mostra IBGE
Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2023, a taxa de desocupação aparece 0,1 ponto percentual maior, o que corresponde a uma estabilidade. Já na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, o desemprego registra queda de 2 pontos percentuais.
O movimento é diferente do observado historicamente, explica Alessandra Brito, analista Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). “O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez”, afirma.
A queda na população ocupada foi puxada pelos resultados das atividades de serviços domésticos , que registrou retração de 3,3% (ou menos 196 mil pessoas), além dos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (queda de 2,4% ou 204 mil pessoas) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (diminuição de 1,4% ou 265 mil pessoas).
Já a população fora da força de trabalho ficou em 67,2 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% na comparação trimestral, ou mais 885 mil pessoas. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,5% ou mais 2,3 milhões de pessoas.
Segundo Alessandra, o aumento “parece ter a ver mais com questões demográficas que com reflexos do mercado de trabalho, uma vez que o contingente de desalentados ou da população na força de trabalho potencial, que fazem parte desta população, apresentou redução no trimestre”.
Carteira assinada
Os números apresentados pela Pnad também mostram que a quantidade de empregados sem carteira assinada no setor privado recuou 2,9% em relação ao trimestre terminado em janeiro e somam 12,7 milhões. Também o contingente de trabalhadores domésticos recuou: diminuiu 3,2% e chegou a 5,7 milhões de pessoas.
Na contramão, os contingentes de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (36,8 milhões), de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) e de empregados no setor público (12 milhões) ficaram estáveis em abril.
Fonte: R7