O grupo de alimentação e bebidas também registrou queda na comparação com o mês anterior. Na prévia de novembro, o segmento registrou avanço de 0,40%, contra a alta de 1,38% em outubro. A desaceleração é reflexo da queda de 1,15% nas carnes, 3,97% no leite longa vida e 1,92% nas frutas. Por outro lado, tomate (14,02%), o frango em pedaços (3,07%) e o queijo (2,88%) registraram alta, apesar de menor do que o aferido na prévia de outubro. Na alimentação fora do domicílio (0,15%), com a aceleração da refeição (de 0,52% em outubro, para 0,88% em novembro) e o recuo nos preços do lanche (-1,08%). Vestuário (1,59%) teve a segunda maior variação do mês, com altas em todos os itens pesquisados, com destaque para roupas femininas (2,05%), masculinas (1,88%), e infantis (1,30%), além dos calçados e acessórios (1,28%). No ano, o grupo acumula variação de 8,64%, enquanto no acumulado do mesmo período de 2020, o resultado foi negativo (-1,31%). Os demais grupos do IPCA-15 ficaram entre o 0,01% de Educação e o 1,53% de Artigos de residência.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação brasileira, foi a 1,25% em outubro, a maior variação para o mês desde 2002. No acumulado de 12 meses, a variação de preços foi a 10,67%, o patamar mais elevado para o período desde janeiro de 2016. O mercado financeiro estima que o IPCA encerre o ano em 10,12%. O Banco Central já admitiu que não vai cumprir o centro da meta para a inflação deste ano, de 3,75% — com variação entre 2,25% e 5,25%. Para o ano que vem, os analistas do mercado estimam a inflação a 4,96%. Em 2022, a autoridade monetária persegue a meta de 3,5%, com teto de 5% e piso de 2%. Em outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC endureceu a tentativa de levar o IPCA para baixo ao acrescentar 1,5 ponto percentual na Selic e elevar os juros para 7,75% ao ano. Em nota, o colegiado afirmou que a decisão mira trazer o índice para a meta de 2022, já de olho nos efeitos em 2023. O BC ainda afirmou que deve repetir o movimento na reunião de dezembro, a última de 2021, e encerrar a Selic a 9,25% ao ano. Para economistas e analistas do mercado, o ciclo de alta deve se prolongar até meados do primeiro trimestre do ano que vem, com a Selic alcançando o teto de 11,25%.
(por Jovem Pan)