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segunda-feira, 7 outubro, 2024

O feminismo, o antifeminismo e o caso Mamãe Falei

Ao escrever sobre o caso Mamãe Falei (o vergonhoso vazamento de audios do Deputado Arthur do Val),  me deparei com inúmeros comentários de gente indignada com a atitude do parlamentar.

Palavrões foram poucos para descrever o sentimento de revolta de todos. E  quando digo todos, trago a tona a razão deste post: unidade.

Será que só eu percebi que, independentemente de ideologia, todos nós falamos a mesma língua por alguns momentos?

O sentimento de repúdio foi unânime!

Esquerda, direita, feminista, não feminista, não faz diferença. Mamãe Falei (que podemos chamar agora de “Mamãe Caguei”) se tornou, do dia para noite, o pária da humanidade, não importa a ideologia.

Essa situação comprova a minha tese de que a discussão sobre feminismo está errada dos dois lados.

E, conversando com uma amiga, dita feminista, mas que não é Lulista (olha só), confirmei esse pensamento.

Veja bem: se a gente parte do princípio de que o feminismo é sobre ter direitos iguais, então é certo defender esta causa e muitas acreditam mesmo que esta é a base do feminismo.

Partindo deste princípio (e deixando a história um só um pouco de lado), então a ideia é certa. Afinal vc, antifeminista é, ou não, a favor de direitos iguais? Eu sou!

Calma, não me xinguem ainda!

A questão é: esta é a idéia de feminismo da esmagadora maioria de mulheres que se dizem feministas! Sim, porque elas são profundas estudiosas do assunto, como a Ana Campagnolo, por exemplo. São apenas mulheres cansadas de terem que provar algo a alguém todos os dias (me incluo nessa).

Na minha humilde opinião, a palavra feminismo perdeu o sentido ao ter sido, de certa forma, apropriada por uma turma de mulheres radicais e fora da casinha que praticam a misandria (repúdio por homens e meninos) e é aí que tá o babado! Estas mulheres conseguiram transformar um movimento de todas em algo asqueroso!

Com todo este discurso, eu quero te dizer que eu entendo quando você se diz feminista, porque você está coberta de razão ao defender seus direitos. Mas entenda quando digo que não sou, porque eu acho que o termo não nos cabe mais desde que passou a ser usado incansavelmente por uma minoria que quer assassinar fetos, diminuir o valor do homem ou deixar os pelos da axila crescerem.

Você entende como existe uma lacuna no meio dessa bagaça toda que afasta mulheres que lutam pela mesma causa mas que tem ideologias diferentes?

E se a gente trocasse a palavra feminismo por uma que trouxesse de volta os valores reais desse movimento e que funcionasse para todas?

Agora as professoras de história antifeministas irão dizer que o movimento feminista nunca foi sobre direitos iguais. Ok, vocês estão certas, sabemos disso, mas deixem o ego de lado e parem de tentar explicar os fatos (reais eu sei) por cinco minutos e façam como a esquerda: criem uma nova história! Base para isto vocês têm de sobra!

E seria incrível ver TODAS as mulheres unidas independentemente de sua ideologia.

Débora Ibrahim é administradora pública, pratictioner em análise comportamental e especialista em treinamento de vendas.
Insta: @deboraibrahim_

Ogg Ibrahim
Ogg Ibrahimhttp://oggibrahim.com.br
Jornalista com 34 anos de profissão, ex-repórter nacional da Rede Record, Mestre de Cerimônias, radialista e Palestrante, Produtor de vídeos e CEO na Talk Soluções em Comunicação.

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