Dentre os convidados, estão Nicolás Maduro, da Venezuela, e Alberto Fernández, da Argentina; Dina Boluarte não pode deixar o Peru e será representada por um de seus ministros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber 10 presidentes de países da América do Sul para uma reunião no Itamaraty. Dentre os participantes, estão Nicolás Maduro, da Venezuela; Alberto Fernández, da Argentina; e Gustavo Petro, da Colômbia. Como o Peru vive uma crise política, a atual presidente, Dina Boluarte, está impedida de deixar o país, sendo representada por um ministro. Os líderes atenderam a um convite feito por Lula, que busca retomar a cooperação dentro do continente. Segundo o Itamaraty, as principais pautas, além da integração, são nas áreas de saúde, infraestrutura, energia, meio ambiente e combate ao crime organizado. O evento terá duas sessões. Pela manhã, os líderes serão recebidos por Lula e farão discursos de abertura. Na parte da tarde, está prevista uma conversa informal entre as lideranças. Durante a noite, as delegações participarão de um jantar oferecido pelo presidente Lula e pela primeira-dama Janja no Palácio do Alvorada.
“O principal objetivo desse encontro é retomar o diálogo com os países sul-americanos, que ficou muito truncado nos últimos anos, e é uma prioridade do governo Lula. Temos consciência que há diferença de visão e diferenças ideológicas entre os países, mas ele [Lula] quer reativar esse diálogo a partir de denominadores comuns com os países”, explicou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
A União das Nações Sul-americanas (Unasul), criada em 2008, no segundo mandato do presidente Lula, foi se desintegrando ao longo do tempo, em meio a mudanças de governos em diversos países, e agora reúne apenas sete deles: Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname, Peru, além de Argentina e Brasil, que voltaram ao grupo recentemente. O Brasil também voltou a integrar a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) este ano, mas o bloco é mais amplo que as fronteiras sul-americanas.
“Como vocês sabem, nos últimos anos, houve uma espécie de fragmentação nessa concertação puramente sul-americana. O propósito dessa iniciativa é unir, de novo, a região com a totalidade de seus países”, enfatizou a embaixadora. Segundo ela, temas como saúde, mudanças climáticas, inflação alta e preço dos alimentos, volta da pobreza e da fome tornam ainda mais relevante uma ação mais coordenada entre os países da América do Sul.
Fonte: Jovem Pan News