O Governo do Estado lançou, nesta terça-feira (19), uma campanha educativa de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. A iniciativa é feita em parceria com a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Assomasul, além de outras entidades e órgãos que integram a rede de proteção às crianças e adolescentes.
O governador Reinaldo Azambuja explicou que todas as pessoas precisam ficar atentas aos sinais e denunciar casos de violência sexual e que a campanha só terá resultado com a participação da comunidade. “Setenta por cento dos casos de abuso contra crianças e adolescentes ocorrem dentro das casas que elas moram e 85% são praticados por parentes ou pessoas muito próximas. É algo extremamente preocupante. Então, é importante o engajamento de toda a sociedade para denunciar”, afirmou.
Para a prevenção aos crimes é importante saber sempre onde e com quem as crianças e adolescentes estão; ensiná-los a não aceitar convites, dinheiro, comida e favores de estranhos, especialmente em troca de carinho; sempre acompanhá-los em consultas médicas; conversar com os filhos e criar um ambiente familiar tranquilo; conhecer seus amigos, principalmente os mais velhos; supervisionar o uso da internet (Facebook, Twitter, chats etc); e orientar os filhos a não responderem e-mails de desconhecidos, muito menos enviarem fotos, fornecerem dados (nome, idade, telefone, endereço, etc.) ou, ainda, informarem suas senhas da internet a outras pessoas.
Entre os sinais que podem indicar abuso sexual infantil estão: queda do rendimento escolar; mudanças de comportamento e enfermidades psicossomáticas (problemas de saúde, sem aparente causa, como dores de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas).
O secretário Eduardo Riedel (Infraestrutura), que também é presidente do programa Prosseguir, acrescentou que, além da campanha, é importante o trabalho contínuo de todas as instituições que integram a rede de proteção às crianças e adolescentes. “Mais importante que a campanha é a transversalidade das ações e o trabalho permanente de todas as instituições”, pontua Riedel.
Além do telefone disk 100, as denuncias podem ser feitas on-line por meio do site pc.ms.gov.br. Conselhos Tutelares, Defensoria Pública e Ministério Público também podem receber denúncias de violência sexual contra crianças, assim como órgãos da rede socioassistencial (Cras e Creas). E em casos de urgências e emergências, quando a violência estiver acontecendo, é preciso ligar para o telefone 190 para chamar a Polícia Militar.