O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta segunda-feira, 24, que é “possível acabar com a fase aguda da pandemia da Covid-19” ainda em 2022. A variante Ômicron infecta cerca de 100 pessoas a cada 3 segundos. Em relação a mortes, um óbito pela variante é registrado a cada 12 segundos. Apesar disso, o diretor-geral acredita que existem estratégias e ferramentas suficientes para encerrar a fase aguda da pandemia este ano. Adhanom enfatiza, no entanto, que é “perigoso” supor que a Ômicron será a última variante ou que estamos no “final do jogo”. “Globalmente, as condições são ideais para que surjam mais variantes. Para mudar o curso da pandemia, devemos mudar as condições que a impulsionam”, disse Adhanom.
Como medidas, a OMS sugere que cada país se comprometa a vacinar 70% da população de todos os países, com foco nos grupos de maior risco; reduzir a mortalidade por meio de um forte manejo clínico, começando com cuidados primários de saúde e acesso equitativo a diagnósticos, oxigênio e antivirais no ponto de atendimento; aumentar a testagem e sequenciamento globalmente para rastrear o vírus de perto e monitorar o surgimento de novas variantes; capacidade de calibrar o uso de medidas restritivas sociais e de saúde pública quando necessário; e manter os serviços essenciais de saúde. Tedros Adhanom enfatizou que a vacina por si só não é o “bilhete dourado” para o fim da pandemia, “mas que não há saída a menos que se alcance a meta compartilhada de vacinar 70% da população de todos os países até meados deste ano”. “Temos um longo caminho a percorrer. Simplesmente não podemos encerrar a fase de emergência da pandemia, a menos que preenchamos essa lacuna. Mas podemos superá-la, e estamos progredindo”, finalizou o diretor-geral.